segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Jogo pronto para download!

Olá a todos!

Esta semana tive algum tempo livre, pelo que comecei a preparar a escrita do terceiro livro da saga Apocalipse, isto depois de ter feito já bastante pesquisa nos últimos meses.

Quanto ao segundo livro da saga, recordo que o mesmo se encontra disponível para download gratuito por tempo limitado em: http://www.bubok.pt/libro/detalles/2103/Apocalipse--O-Despertar . Lembro que só têm até ao final do mês para descarregarem o livro em formato digital, depois disso, esta vai voltar a ser paga novamente.

Por fim, quando ao jogo de Apocalipse – Os Escolhidos, deixo-vos com a notícia de que este já se encontra concluído, e que podem fazer download gratuito do mesmo em: http://rapidshare.com/files/438376372/Apocalipse_-_os_Escolhidos.rar .

Em qualquer dos casos seguem-se mais algumas imagens. Para a semana vou tentar ter um trailer do jogo.

Até à próxima e um bom Natal!




domingo, 12 de dezembro de 2010

O Natal está quase aí e o jogo quase pronto!

Olá a todos!

Esta semana deixo-vos com mais uns screenshots do jogo Apocalipse – Os Escolhidos. O jogo está quase pronto, por isso estejam atentos!

Quanto ao livro Apocalipse – O Despertar, recordo que se encontra disponível para download gratuitamente durante as próximas semanas. Aproveitem, pois não vai durar para sempre!

Para fazerem download do livro basta seguirem o seguinte link: http://www.bubok.pt/libro/detalles/2103/Apocalipse--O-Despertar

Até para a semana!






domingo, 5 de dezembro de 2010

Download de Apocalipse - O Despertar gratuito!

Olá a todos!

Prometi que esta semana ia trazer novidades relativamente à apresentação, e que esta em princípio seria realizada ainda antes do Natal. Pois bem, devidos aos atrasos que houve, e com grande pena minha, é de todo impossível realizar a mesma antes de Janeiro, uma vez que o espaço já se encontra ocupado. Estou neste momento a trabalhar com a junta de freguesia para marcar uma data (definitiva, espero eu) para a apresentação. Posso adiantar no entanto, que a apresentação deve ocorrer à noite durante um dia de semana.

Mas bem, deixemos as notícias menos boas para outra altura, pois tenho uma grande novidade que vai agradar a todos! Ao que parece fui infectado pelo espírito natalício da época, e como tal, durante um período de tempo limitado, vão poder fazer download da versão e-book de Apocalipse – O Despertar (formatos pdf e ePUB) de forma gratuita! Sim, leram bem, durante os próximos dias podem fazer download gratuito do último livro da saga Apocalipse. Para isso basta apenas seguirem o seguinte link: http://www.bubok.pt/libro/detalles/2103/Apocalipse--O-Despertar

Aproveitem enquanto podem, pois esta “prenda de Natal” não vai durar para sempre!

Até para a semana!


domingo, 28 de novembro de 2010

A apresentação está quase aí!

Olá a todos! Sei que tenho estado algo ausente nos últimos tempos, mas tenho tido bastante trabalho na faculdade, pelo que não tenho tido tanta disponibilidade como eu gostaria para actualizar o website e o blogue.

Tinha prometido na última entrada do blogue que em princípio já teria uma data para a apresentação oficial do livro, pois bem, parece que o azar nos persegue ultimamente, e quando já estava tudo pronto, só faltando acertar alguns pormenores, recebemos a notícia que há problemas com a gráfica onde decorrem as impressões dos exemplares, pelo que haveria atrasos e os livros não estariam prontos para a data da apresentação.

Tendo isto em conta, a data da apresentação teve de ser adiada, mas esta semana penso ter já a possibilidade de marcar nova data. A apresentação, se tudo correr bem e não houver mais percalços, irá decorrer ainda antes do Natal.

Para já deixo-vos com mais algumas imagens do jogo.

Até à próxima!








domingo, 7 de novembro de 2010

Mais screenshots!

Olá a todos! Esta semana deixo-vos com mais seis screenshots de Apocalipse – Os Escolhidos.

O jogo está quase pronto, por isso estejam atentos!







 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Novos screenshots!

Olá a todos! Esta semana deixo-vos com mais dois screenshots de Apocalipse – Os Escolhidos.

Visto que tenho andado cheio de trabalho ultimamente, esta semana não tenho propriamente novidades, mas espero poder aqui deixar a data da apresentação oficial de Apocalipse – O Despertar na próxima semana.

Até à próxima!


domingo, 24 de outubro de 2010

Wallpapers!

Olá a todos! Esta semana não tenho grandes novidades. A data do lançamento público do livro Apocalipse – O Despertar ainda não se encontra definida, uma vez que se está a tentar fazer algo de diferente.

Quando ao desenvolvimento do jogo Apocalipse – Os Escolhidos, está já a entrar na fase final, pelo que espero, que após estes sucessivos atrasos, esteja pronto dentro em breve.

Para os interessados, fiquem a saber que já estão disponíveis no website os três wallpapers promocionais do segundo livro da saga.

Bem por agora é tudo, até para a semana!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Apocalipse – O Despertar já se encontra à venda!

Olá a todos! Finalmente chegou o dia, Apocalipse – O Despertar já se encontra à venda!

Para os interessados em adquirir o segundo volume da saga, podem fazê-lo através de www.pedro-pereira.com.

Desta vez, para além do típico formato em papel, o livro pode também ser adquirido em formato digital ebook. Na versão digital o leitor tem acesso ao livro em formato pdf ou em ePUB, um novo formato que se adapta ao dispositivo em que o leitor está a ler a obra, de forma a proporcionar uma experiência de leitura mais agradável.

Quanto à apresentação oficial do livro ainda não há data, mas espero poder colocar aqui uma dentro em breve.

Mais uma vez, para os interessados, basta seguirem o link para www.pedro-pereira.com.



Comentários à obra:

"A continuação de uma fantástica aventura e onde o autor se supera, mostrando uma escrita muito mais madura. Mais uma vez, Pedro Pereira presenteia-nos com um enredo de cortar a respiração e uma narrativa sólida."

Marina Neto, 42 anos, professora de Português.



"A saga continua e mais uma viagem alucinante pelo mundo dos Escolhidos se aproxima. O anterior deixou-nos com água na boca acerca do que viria a seguir e O Despertar supera todas as expectativas."

Sofia Colmier, 22 anos, estudante de Direito.



"Um livro que nos prende do inicio ao fim! Com uma narrativa entusiasmante, é sem dúvida alguma um dos melhores livros que li nos últimos tempos. Recomendo vivamente!"

João Alfredo Dias, 24 anos, estudante de Engenharia Informática.



"Sem dúvida valeu a pena a espera! Gostei bastante do primeiro livro, mas o segundo é sem dúvida muito superior."

Eduardo Fonseca, 23 anos, estudante de Radiologia.



"A continuação de uma saga que promete ficar cada vez melhor. Nota-se bem que o autor evoluiu muito desde o primeiro livro, tanto pela forma de escrever, como pelo enredo."

David Massano, 23 anos, estudante de Biotecnologia.

domingo, 17 de outubro de 2010

O lançamento está quase aí!

Olá a todos! Depois de alguns meses de quase desespero devido à demora em receber o ISBN para o segundo livro da saga, o processo foi finalmente concluído. Dai à editora ter o livro pronto para a venda foi um instante…

Alegro-me por isso em anunciar, que Apocalipse – O Despertar irá estar à venda a partir do próximo dia 20 de Outubro.

Quanto à data da apresentação oficial do livro, ainda não foi definida, uma vez que ainda estou a acordar os pormenores com a autarquia.

Para os mais distraídos fica aqui também o novo trailer do livro, que está disponível tanto no website como no facebook.


Por fim deixo-vos com mais algumas imagens do jogo de Apocalipse – Os Escolhidos.

Até Quarta-Feira!




domingo, 10 de outubro de 2010

Novidades!

Olá a todos! Finalmente tenho boas notícias para dar sobre o segundo livro! A agência de ISBN já forneceu o ISBN para o segundo livro da saga, pelo que falta apenas tratar do depósito legal e código de barras. Segundo a editora, a situação deverá estar resolvida até o inicio da próxima semana.

Mais uma vez peço desculpa por todo este atraso, mas realmente foi algo que estava fora do meu alcance e do da editora. Esperemos que agora tudo corra sem problemas, e que dentro em breve possa indicar a nova data de lançamento de Apocalipse – O Despertar.

Por fim, deixo-vos com mais algumas imagens do jogo Apocalipse – Os Escolhidos, que será lançado em breve…

Até para a semana!




domingo, 3 de outubro de 2010

Apocalipse – O Despertar (capítulo 2)

Olá a todos! Infelizmente continuo à espera que o processo de registo do ISBN fique concluído, o que, segundo a editora, já não deve tardar. Tendo isto em conta, espero dentro em breve poder aqui anunciar a nova data de lançamento do livro bem como das apresentações ao público.

Para já deixo-vos com o segundo capítulo do livro. Até para a semana!


Capítulo 2

“O passado é a única realidade humana. Tudo o que é já foi.”

Anatole France

 

Enlil seguiu Roger para o interior do bunker que servira de casa ao erudito inglês durante vários anos.

– Cuidado com a cabeça – avisou Roger, enquanto se baixava para passar na entrada da sua antiga casa.

O jovem baixou-se e seguiu Roger.

Passado o estreito corredor de paredes de betão, Roger e Enlil entraram no bunker propriamente dito. A pequena sala onde Roger tivera a sua visão, encontrava-se exactamente igual a como ele a deixara há já quase um ano.

Apesar de não ser muito grande, o pequeno bunker tinha tudo o que era necessário para se viver com algum conforto.

Percorrendo lentamente a divisão com os olhos, Enlil começou a observar o ambiente que o rodeava. Todas as paredes estavam repletas de estantes de pinho cheias de livros, e conhecendo Roger como já o conhecia, Enlil era capaz de apostar que quase todos os livros eram sobre demónios ou sobre os Escolhidos.

Do lado direito do bunker, junto ao canto, estava uma larga cama encostada à parede e ao seu lado, uma mesinha de cabeceira. Era das poucas zonas do bunker em que a parede não estava tapada por estantes, revelando um padrão de tijolo. Ao fundo da cama estava ainda um largo guarda-fatos em pinho.

Do lado oposto do bunker, encontrava-se um pequeno balcão de cozinha, nele havia um forno, um lava-loiça, um micro-ondas e ainda um pequeno frigorífico.

No centro da divisão, encontrava-se uma mesa com algumas cadeiras, mesmo em frente a uma lareira. Tal como as estantes, a mesa e as cadeiras eram de pinho.

No lado esquerdo da lareira, havia o que parecia ser um pequeno bar, com algumas garrafas de whisky abertas, muito provavelmente as companheiras de Roger nas noites e dias que passara a pesquisar sobre os Escolhidos.

Do lado direito da lareira havia uma porta de madeira, que Enlil concluiu que devia conduzir à casa de banho.

– Tem aqui um belo esconderijo – comentou Enlil enquanto observava o que o rodeava.

– Obrigado – agradeceu Roger. – Se não te importas, eu tenho de arrumar umas coisas antes de os trabalhadores chegarem.

– Claro, esteja à vontade – declarou o jovem.

Roger e Enlil tinham contratado vários homens de uma localidade próxima, para ajudarem a carregar os pertences de Roger até ao pequeno avião em que tinham viajado.

Enquanto Roger empacotava alguns dos seus livros, Enlil deixou-se ficar na sala, circulando lentamente pela divisão, observando atentamente tudo o que o rodeava.

Há já quase uma semana que o jovem partira de Nouvelle Paris juntamente com Roger, e há já quase uma semana que não via Niki. Só durante a sua estadia fora da cidade e longe da rapariga, é que Enlil se apercebera da importância desta para ele. Começava a sentir a falta da jovem e ansiava pelo momento do reencontro. Contudo, eles não eram mais do que bons amigos, apesar de começar a desejar que fossem um pouco mais do que isso.

Foi então, que enquanto circulava pela pequena sala, Enlil reparou numa antiga fotografia que lhe chamou a atenção.

Era bastante claro que nela se encontrava Roger, mas não como o conhecia actualmente. Na fotografia devia ter uns vinte e cinco anos, usava o cabelo mais comprido e num negro bastante escuro. Mas o que chamou a atenção de Enlil, não foi tanto a fotografia de Roger, mas sim a mulher com quem estava de mãos dadas nesta.

A mulher devia ter também uns vinte e poucos anos, tinha uma pele muito branca e uns olhos azuis safira. Os seus cabelos negros chegavam-lhe quase até à cintura, e vestia um vestido púrpura que salientava as suas formas femininas.

– Acho que já tratei de tudo, assim que… – disse Roger enquanto se virava para Enlil, interrompendo o que ia a dizer quando viu o jovem com a fotografia nas mãos.

– Quem é ela? – perguntou Enlil inocentemente.

– A minha mulher – declarou Roger enquanto se aproximava do jovem lhe tirava a fotografia, deixando-se de seguida ficar parado a olhar contemplar esta.

– O que é que lhe aconteceu?

– Ela morreu num ataque de demónios – respondeu Roger. A sua voz transmitia a dor da sua perda. – Ela tinha apenas vinte e seis anos quando aconteceu… Estávamos à espera do nosso primeiro filho…

– Lamento, não fazia ideia… – disse Enlil, já arrependido de ter colocado aquela pergunta.

– Não faz mal – declarou Roger. – Foi a morte dela que me deu forças para procurar os Escolhidos. Além disso, o que aconteceu faz parte do passado, e não há nada que se possa fazer para o modificar.

– Lá isso e verdade – comentou Enlil.

– Agora o melhor é irmos lá para fora. Duvido que os trabalhadores encontrem a entrada sozinhos – sugeriu Roger.

– Parece uma boa ideia – concordou o jovem.

Nisto, Roger e Enlil saíram do bunker e ficaram à espera que os trabalhadores chegassem.

Eram quase nove horas da manhã, e no ar circulava uma breve brisa matinal. Mais uma vez, Enlil ficou por breves momentos a contemplar a beleza daquele monumento chamado Stonehenge. O jovem não se cansava de o observar, e compreendia cada vez melhor a razão pela qual Roger decidira viver ali. A calma que o local transmitia era única.

Enquanto esperava, Enlil deitou-se no chão à sobra de uma das gigantescas pedras do monumento e dormitou um pouco.

 

***

 

Era meio-dia quando Enlil acordou. Sentado numa rocha ali perto, encontrava-se Roger. Não havia um único sinal dos trabalhadores.

– Eles ainda não chegaram?! – perguntou Enlil, que entretanto se tinha levantado e sentado ao lado de Roger.

– Não, e começo a ficar preocupado. Já deviam ter chegado há horas – declarou Roger.

– O que é que acha que lhes aconteceu?

– Bem, o mais provável e terem-se perdido.

– Ou talvez não – comentou Enlil, enquanto apontava para um velho camião que se dirigia lentamente para o local.

Passados uns dez minutos, o velho camião estava suficientemente próximo para se ver quem o conduzia, e para espanto de ambos, ninguém o fazia.

– Mas que raio?! – interrogou-se Roger, que não compreendia o que via.

O camião passou então pelos dois e não parou, indo embater contra uma das famosas pedras que faziam parte do monumento.

Enlil correu para o veículo que continuava a acelerar, apesar de ter embatido contra a rocha. Quando lá chegou, o jovem inspeccionou atentamente o velho camião. Este estava salpicado de sangue e havia várias marcas de estranhas garras.

– Onde é que estão os trabalhadores?! – perguntou Roger sem compreender o que se passava.

– Melhor dizendo, onde é que está o que resta dos trabalhadores – corrigiu Enlil, que entretanto tinha aberto a porta do condutor e retirado do seu interior uma cabeça humana, que estava segurar o pedal do acelerador.

Roger ficou petrificado ao olhar para a cabeça do homem que Enlil segurava pelos cabelos.

– A cabeça estava presa ao acelerador, por isso é que o camião não parou. Os trabalhadores foram atacados por um demónio – disse Enlil que atirou a cabeça a Roger, que após a apanhar, a deixou cair no chão com repugnância.

– Mas isso não é possível, é meio-dia! Os demónios não costumam atacar durante o dia, e desde a derrota de Lúcifer é raro ver um durante o dia! – protestou Roger.

– O sangue ainda está razoavelmente fresco, devem ter sido atacados há poucas horas – concluiu Enlil. – Eu vou ver se apanho o demónio que fez isto. Ele não pode estar muito longe. Você vem?

– Mas é claro que sim – respondeu Roger.

– Então suba – ordenou Enlil, que entretanto tinha montado a sua KTM verde que estava parada junto a uma das pedras do monumento.

Nisto, Roger subiu para a mota e agarrou-se bem ao jovem. Enlil arrancou então a toda a velocidade em direcção ao local de onde o camião tinha vindo.

Não foi preciso andar muito para os restos mortais dos trabalhadores surgirem no caminho. O jovem parou então a mota e foi com Roger examinar o que restava daqueles pobres homens.

– Alguma ideia do tipo de demónio que fez isto? – perguntou Enlil, enquanto Roger observava de perto o corpo de um dos trabalhadores.

– Não faço ideia. Mas uma coisa posso dizer, o que quer que tenha feito isto, além de possuir umas poderosas garras, também tem um bico bem afiado e forte.

– Como é que sabe isso?

– Vês estas marcas nos ossos? – questionou Roger, apontando para a cavidade torácica do que restava do homem. – Os ossos foram partidos por um poderoso bico, as marcas não deixam dúvidas.

– É sensação minha, ou a maior parte dos órgãos e carne desapareceu?

– Não, tens razão. Estes homens não foram simplesmente mortos, foram comidos, e muito provavelmente ainda estavam vivos quando isso aconteceu.

– Mas os corpos… No estado em que os corpos estão… Um demónio não conseguia comer cinco pessoas e ter tido tempo de se ir embora – declarou Enlil.

– Infelizmente creio que estamos a lidar com um bando de demónios bem grande. Não creio que tenha sido apenas um demónio – disse Roger.

– Mas desde que derrotamos Lúcifer que os demónios andam completamente desorganizados. Para um grupo fazer uma coisa destas tão rápido, tinha de estar bem organizado! – contrapôs o jovem.

– Isto não me está a agradar nada – comentou Roger com preocupação. – O melhor é irmos até à povoação mais próxima e avisarmos as pessoas.

– Parece-me um bom plano – concordou Enlil.

Nisto, os dois dirigiram-se de novo para a moto, quando de súbito, algo no chão chamou a atenção de Enlil.

– Roger, olhe! – exclamou o jovem enquanto apanhava qualquer coisa do solo, entregando-a de seguida a Roger.

– Uma pena de uma asa… Os sacanas voam! – declarou o inglês enquanto olhava para a pena negra como a noite.

– Nesse caso, sugiro que nos apressemos. A povoação fica perto. Se o caminho se faz depressa de mota, ainda se faz mais depressa a voar – afirmou o jovem.

Partindo então a toda a velocidade, os dois dirigiram-se o mais depressa possível para a pequena povoação. Se não se despachassem toda a população seria chacinada…

 

***

 

Não demorou muito até Roger e Enlil alcançarem a pequena povoação, mas foi o suficiente para encontrarem um rasto de destruição e de matança quando chegaram.

As várias casas-bunker da povoação estavam em chamas ou fumegavam intensamente. Pelo chão estavam espalhados os corpos dos habitantes, encontrando-se estes no mesmo estado que os dos trabalhadores.

No ar era possível sentir o cheiro a queimado.

– Acha que alguém sobreviveu? – perguntou Enlil.

– Gostava de acreditar que sim, mas tenho muitas dúvidas – respondeu Roger.

Os dois deixaram-se ficar então em silêncio a observar a paisagem de destruição e carnificina. Ao que tudo indicava, todos os bukers tinham sido atacados e incendiados. Ninguém parecia ter sobrevivido ao ataque.

Foi então, que um som abafado se fez ouvir por entre os destroços do que restava da povoação.

– Está a ouvir este ruído? – questionou o jovem.

– Sim. Parece o som de uma criança a chorar! Rápido! Temos de a encontrar!

– Deve estar presa nos destroços daquele bunker – declarou Enlil apontando para o que restava de uma das habitações. – O som parece vir de lá!

Nisto, Roger e Enlil apressaram-se a acorrer para o local. A entrada do bunker estava bloqueada por vários destroços, e foi preciso algum esforço para os dois conseguirem abrir caminho através destes.

Quando finalmente conseguiram descer, Roger e Enlil depararam-se com um cenário horripilante. No chão jaziam os corpos da família que outrora ali habitara, e a um canto, estava um rapaz com uns dez anos a chorar.

Roger apressou-se então a acudir o rapaz, pegando-lhe ao colo e saído com ele do bunker o mais depressa possível.

Enlil preparava-se para seguir Roger em direcção à saída, quando algo lhe chamou a atenção. Os corpos que se encontravam espalhados pelo chão, muito provavelmente a família do rapaz, não tinham sido devorados como os restantes.

Aqui está algo estranho, pensou o jovem enquanto se aproximava de um dos corpos para o observar melhor.

Ao contrário dos restantes corpos dos habitantes da povoação, aqueles não tinham marcas de garras nem de bicos, estavam completamente intactos. Apresentavam apenas o corpo chamuscado e os cabelos de forma estranha, como se tivessem sido atingidos por uma poderosa descarga de energia.

domingo, 26 de setembro de 2010

Registo do ISBN...

Olá a todos! Esta semana não tenho propriamente novidades… Tanto eu como a editora continuamos à espera da conclusão do processo de registo do ISBN (International Standard Book Number) do segundo livro da saga, o que leva já quase um mês. Só quando este passo for terminado é que se poderá proceder à publicação do livro. 

O processo está a levar mais tempo do que seria usual, isto por motivos que são completamente alheios a mim ou à editora, pelo que a única alternativa que resta é aguardar. Confesso no entanto que não compreendo o porquê de tanta demora…

Espero para a semana ter melhores notícias. Até lá!

domingo, 19 de setembro de 2010

Mais imagens!

Olá a todos, esta semana deixo-vos com mais algumas imagens do jogo Apocalipse – Os Escolhidos, que está quase pronto!

Relativamente ao lançamento do segundo livro, continuo sem ter data de lançamento. Contudo, irei falar com a editora amanhã, pelo que espero já ter notícias na próxima semana.

Até para a semana!




domingo, 12 de setembro de 2010

Lançamento adiado...

Olá a todos!

Esta semana receio não ter notícias muito animadoras. Por motivos que me são completamente alheios, a data de lançamento do segundo livro da saga Apocalipse encontra-se adiada. Assim que tiver novidades por parte da editora sobre a nova data de lançamento, irei colocar aqui no blogue e no website.

Peço por isso desculpa a todos os que aguardavam o lançamento do livro, mas terão de esperar mais alguns dias.

Obrigado pela compreensão e até para a semana.

domingo, 5 de setembro de 2010

Imagens de Apocalipse - Os Escolhidos (jogo)

Olá a todos! Esta semana deixo-vos com mais algumas imagens do jogo Apocalipse – Os Escolhidos, que está quase terminado!
Relembro também os mais distraídos que o lançamento do segundo livro da saga, Apocalipse – O Despertar, vai ocorrer já neste mês, por isso estejam atentos a novidades!

Até para a semana!




domingo, 29 de agosto de 2010

Apocalipse - O Despertar (trailer 1)

Olá a todos! Esta semana deixo-vos com o primeiro capítulo do segundo livro da saga Apocalipse, “O Despertar”. Fiquem também com o primeiro “trailer”do livro, e prepararem-se, por que o lançamento está quase aí!


Capítulo 1

 

 

“O verdadeiro herói é aquele que faz o que pode. Os outros não o fazem.”

Romain Rolland

      

O corpo do demónio alado caiu carbonizado no chão quando Ryan atingiu este com um poderoso ataque de chamas.

Ao lado do jovem, Anna usava o seu arco, disparando flechas a uma velocidade vertiginosa contra o grupo de demónios alados que voavam sobre os dois jovens.

Os demónios não paravam de se mover por entre os vários alicerces do antigo hospital. Toda a estrutura interior do edifício tinha praticamente desaparecido, deixado um enorme fosso no centro do prédio. Espalhados pelos vários andares, existiam centenas de ninhos de demónios. O local fazia lembrar uma colmeia.

A luz no interior do edifício em ruínas era escassa, e as paredes que não estavam cobertas de musgo e sinais de humidade, encontravam-se repletas de uma espécie de baba amarelada, que os demónios usavam para fazer os seus ninhos. Um cenário horripilante a que os jovens já se tinham habituado nos últimos meses.

Completamente concentrada em abater os demónios alados, Anna não se apercebeu do demónio que voava em direcção às suas costas, pronto a agarrar-lhe o pescoço. Contudo, o demónio não conseguiu atacar a jovem, pois a espada de Ryan foi mais rápida e cortou a criatura em duas.

Um grupo de homens armados com M16 e espadas entrou pelas ruínas do que tinha sido um dos antigos hospitais da cidade de Paris.

Com disparos rápidos das suas armas de fogo, o grupo de soldados de Nouvelle Paris juntou-se à batalha, e passados poucos minutos já não restava um único demónio vivo. Todos os ninhos pareciam ter sido destruídos.

– Obrigado por teres tratado daquele demónio há bocado – agradeceu Anna a Ryan. – Eu não o vi aparecer de lado nenhum.

– Não foi nada. Mas acho que o demónio ganhou dupla personalidade – comentou o jovem em tom de brincadeira, apontado para o corpo do demónio cortado ao meio.

Anna riu-se com gosto enquanto passava a mão pelos cabelos loiros.

– Senhor, já revistamos toda a área. Ao que parece, nenhum dos demónios escapou – declarou um dos soldados de Nouvelle Paris a Ryan, num inglês com sotaque francês.

– Muito bem, limpem o que resta do ninho e depois voltem para a cidade. Está quase a anoitecer e esta área é perigosa – ordenou Ryan. – Eu e a Anna vamos voltar para Nouvelle Paris.

– Sim senhor! O trabalho estará concluído antes de anoitecer.

Nisto, o soldado retirou-se, e a correr, foi-se juntar aos restantes.

Os vários soldados limpavam os restos mortais dos demónios do edifício em ruínas, enquanto procuravam por algum ninho que tivesse escapado.

– Este ninho deu mais trabalho que o habitual. Achas que eles já estavam à nossa espera? – perguntou Anna, enquanto observava o local mais uma vez com os seus olhos azuis.

– Há já alguns meses que andamos a limpar todos os ninhos de demónios das ruínas da cidade. Parece-me lógico que eles saibam, que mais cedo ou mais tarde, havia de chegar a vez deles – explicou Ryan.

– Faz sentido… Mas digo-te, já ando farta de limpar ninhos de demónios – desabafou Anna.

– Ninguém disse que ser um Escolhido era fácil – comentou o jovem.

– Sabes quando é que o Roger e o Enlil voltam?

– Não. Mas não devem demorar. Já partiram há quase uma semana – recordou Ryan, enquanto guardava a sua espada na bainha.

Passara quase um ano desde que Lúcifer fora derrotado, e Roger só recentemente é que decidira que estava na hora de se mudar para Nouvelle Paris definitivamente. Como tal, tinha partido com Enlil para Stonehenge buscar os seus pertences.

Durante todo aquele tempo que passou desde a derrota de Lúcifer, os Escolhidos tinham dado inicio a um movimento de exterminação dos demónios que tinham ficado aprisionados no mundo. Nos primeiros meses tinha-se mostrado uma tarefa muito simples. Os vários grupos de demónios encontravam-se desorganizados e com medo, pois tinham perdido os seus líderes. Contudo, nos últimos meses começavam já a apresentar os primeiros sinais de organização, embora muito fracos.

– E o Jean-Pierre? Já deu notícias? – perguntou Anna.

– No último contacto, eles tinham acabado de chegar à Holanda. Devem estar neste momento a caminho de Amesterdão – respondeu Ryan com algum desinteresse, enquanto percorria o edifício com os seus olhos de uma tonalidade castanha que fazia lembrar terra molhada.

Nos últimos meses, a notícia do aparecimento dos Escolhidos espalhara-se por toda a Europa, devolvendo a esperança às pessoas.

Aproveitando este facto, Maurice Bruel iniciou contactos com os vários líderes da Europa. O seu plano era criar uma aliança entre os vários países, para estes se entre ajudarem contra os demónios.

Ryan, agora com dezanove anos, não via a formação de uma aliança com bons olhos, ou pelo menos, uma aliança liderada por Maurice Bruel. Há muito que o jovem se apercebera que a aliança era mais uma jogada política de Maurice Bruel para ganhar mais poder, e o pai de Jean-Pierre era um político nato.

Jean-Pierre e o pai tinham partido já há algum tempo. Dirigiam-se para Amesterdão, onde se iriam encontrar com a líder da Holanda para discutirem a formação da aliança.

– Eu não percebo por que motivo o Jean-Pierre foi para a Holanda em vez de mim. Afinal, sou eu que sou natural de lá, não ele – protestou Anna que ainda não se tinha conformado com a ideia de ficar em Nouvelle Paris.

– Sim, mas estás a esquecer-te de uma coisa importante. Tu não és filha de Maurice Bruel, e além disso, tu sabes que o Jean-Pierre não faz frente ao pai. Se fosses tu, o mais provável é que acabasses por fazer frente a Maurice Bruel, e ele não quer isso – explicou Ryan, enquanto desviava os cabelos castanhos do rosto por causa de uma leve brisa vinda do exterior do edifício que os fez esvoaçar.

Lentamente, os dois jovens puseram-se a caminho de Nouvelle Paris, ambos sabiam o que os esperava: um interminável relatório sobre a destruição de mais um ninho de demónios.

 

***

 

Passado quase uma hora, os dois jovens chegavam finalmente à cidade que agora lhes servia de casa.

Caminhando através das movimentadas ruas da enorme cidade bunker, Ryan e Anna eram constantemente abordados pelos habitantes que ali circulavam. Depois da derrota de Lúcifer, os Escolhidos tinham-se tornado um símbolo para a cidade, e era agora quase impossível para eles andar nas ruas sem uma multidão de fãs atrás.

As ruas da cidade eram extremamente movimentadas. Por todo o lado, era possível ver pessoas que se moviam por entre os edifícios de betão, preocupadas apenas com o seu dia-a-dia.

Apesar de toda a cidade ter sido construída debaixo do solo, as suas ruas eram bastante largas, e os edifícios tinham um algo de gótico que fazia lembrar a idade média.

Avançando lentamente através da multidão, os dois jovens tentaram passar desapercebidos, mas não tardou para que as pessoas se apercebessem e começassem a aclamar o nome dos dois jovens com entusiasmo. Ryan e Anna dirigiram-se para o palácio de Maurice Bruel, onde os Escolhidos agora habitavam.

O palácio era provavelmente o edifício mais imponente de toda a cidade. Era extremamente bem protegido, fazendo lembrar um forte. Todas as paredes estavam trabalhadas num estilo que fazia lembrar as grandes catedrais da época medieval, envergando estátuas de gárgulas, como que a proteger as portas e varandas do palácio. Tal como acontecia com quase todos os edifícios da cidade, o palácio era feito de uma pedra acinzentada com tonalidade escura.

Ao aproximarem-se das duas enormes portas blindadas que protegiam a fortaleza do líder da cidade, os dois guardas que as vigiavam abriram-nas de imediato.

– Sejam bem-vindos – disse um dos guardas.

– Obrigado – agradeceu Anna.

Após entrarem no edifício, as gigantescas e pesadas portas fecharam-se de imediato.

As portas davam acesso a um largo corredor, todo ele repleto de importantes obras de arte que estavam expostas nas paredes de tonalidade vermelha escura.

– Só agora? – perguntou Niki que se aproximava dos dois jovens Escolhidos.

– Este ninho deu um pouco mais de trabalho que o habitual – respondeu Ryan. – Como é que soubeste que estávamos a chegar?!

– Sabes maninho, quando se tem uma cidade a aclamar o vosso nome, é um pouco difícil não saber onde vocês estão – declarou Niki em tom trocista.

Niki era a irmã mais nova de Ryan, e tal como o irmão, possuía os mesmos olhos e cabelos castanhos.

– Eu confesso que ao princípio até achei piada, mas já estou um pouco farta disto – desabafou Anna.

– É o preço da fama – comentou Ryan.

– É verdade. Bem, acho que vou tomar um duche e descansar um pouco antes de ir escrever aquele maldito relatório – disse Anna.

– Desculpa amiga, mas vais ter de fazer isso mais tarde. O senhor Jacques Vernet quer ver-vos agora mesmo – explicou Niki, acrescentando alguma ironia na forma como dissera o nome do substituto temporário de Maurice Bruel.

– O que é que esse pau mandado arrogante quer agora?! – protestou Ryan.

– Bem, parece que depois do teu último relatório, ele quer que vocês passem a fazer os relatórios directamente a ele e oralmente – declarou Niki.

– O que é que tinha o teu último relatório? – perguntou Anna desconfiada.

– Apenas o seguinte que vou passar a citar – disse Niki. – “Entramos no ninho, destruímos o ninho, fomos embora.”

Anna ficou boquiaberta ao ouvir Niki. Jacques Vernet nunca gostara de Roger nem dos Escolhidos, e a sua forma de demonstrar isso, era através dos penosos relatórios que obrigava os jovens a escrever. Desde o primeiro dia que Jacques Vernet assumira a posição de Maurice Bruel, quando este partira para a Holanda, que Ryan praticamente lhe tinha declarado guerra, o que só tinha piorado a situação.

– Chamas a isso um relatório?! – berrou Anna furiosa. – Tu sabes perfeitamente que aquele idiota aproveita todas as situações para nos fazer a vida negra, e tu ainda o vais a ajudar ao fazeres esse relatório?!

Hey, tem calma. Eu só estava a evitar palha desnecessária – explicou-se Ryan em tom trocista.

– Quem me dera que às vezes não fosse tão infantil e levasses as coisas a sério! – protestou Anna, enquanto se afastava furiosa para o salão onde Jacques Vernet se encontrava.

– O que é que lhe deu?! – pergunrou Ryan confuso.

– Eu nem te vou responder a isso – declarou Niki com desprezo. – Vê mas é se vais fazer um relatório em condições ao idiota do Vernet.

Nisto, Ryan ficou sozinho ao ver a irmã afastar-se rapidamente pelo corredor apinhado de obras de arte.

Definitivamente é preciso receber formação de um especialista para se lidar com as mulheres, pensou o jovem.

Começando a caminhar lentamente, Ryan tentou acalmar-se e preparar-se para enfrentar Jacques Vernet. O jovem nem sequer conseguia imaginar como é que Maurice Bruel suportava sequer ter um arrogante daqueles como um dos seus conselheiros.

Ao chegar ao salão, Ryan apercebeu-se que Anna já se encontrava no seu interior a fazer o seu relatório.

Lentamente, o jovem abriu a porta e entrou.

O grande salão não era mais do que uma enorme sala desprovida de praticamente qualquer mobília, a não ser a secretária de Maurice Bruel. Tal como o corredor, as paredes do salão estavam pintadas de vermelho escuro. Um tapete de veludo vermelho estava por baixo da secretária e da cadeira de madeira. Atrás da secretária, encontravam-se apenas duas estátuas humanas feitas em mármore branco.

– Vai dar-me alguma explicação para o seu atraso? – perguntou Vernet ao ver o jovem entrar no salão onde normalmente Maurice Bruel se encontrava.

Atrás da secretária do pai de Jean-Pierre, encontrava-se um homem de cabelo escuro e oleoso. Era um pouco baixo, tinha uma pele muito pálida e um ridículo bigode.

– Tive um contratempo – respondeu Ryan com indiferença.

– Nesse caso, sugiro que me deixe continuar a ouvir o relato da sua amiga. Interrompa apenas se tiver algo a acrescentar, embora duvide, visto que tem uma aptidão única para fazer relatórios… – declarou Vernet com frieza.

Anna continuou então o seu relatório, enquanto Ryan ignorava os olhares e comentários provocadores do político francês.

A jovem falou quase uma hora, durante a qual respondeu às perguntas de Jacques Vernet. Este repetia as mesmas questões várias vezes de forma propositada, tentando fazer com que Anna perdesse a calma e se enervasse. Contudo, não teve sucesso, pois a jovem respondia sempre com calma e seriedade.

Quando Vernet se fartou finalmente dos seus jogos psicológicos, mandou sair os dois jovens do salão, dando como encerrado o relatório.

– Como é que consegues? – perguntou Ryan a Anna enquanto se afastavam do salão.

– Consigo o quê?!

– Manter a calma quando o Vernet te está a provocar.

– Limito-me a pensar no que aconteceria se decidisse enfrentá-lo ­– explicou Anna.

– Bem pensado… – comentou Ryan.